ANDRÉ LUIZ FERNANDES DE OLIVEIRA
NAVEGAR PELA WORLD WIDE WEB
Quero começar este texto relatando algumas considerações a respeito de navegar pela internet sem ficar a deriva nesse mundo virtual e em seguida descrever uma experiência de navegação.
Navegar através da World Wide Web mostra caminhos diferentes e ao mesmo tempo fascinantes. Pois, ao entrar para este mundo temos acesso a muitas informações num tempo muito rápido. E em virtude dessa rapidez muitas vezes não conseguimos filtrar tais informações, saber distinguir o que é melhor para o nosso trabalho. Para isso temos que traçar estratégias para não se perder no oceano de informações que esta tecnologia nos oferece. Uma delas, por exemplo, é visualizar objetivos para uma pesquisa, ou seja, onde quero chegar com este trabalho. Além disso, a página WWW possibilita um acervo de informações, mas não necessariamente construção de conhecimento, já que essa construção depende do navegador que está à frente da máquina.
Por exemplo, ao entrar pela página da revista virtual física na escola, procurei saber se o conteúdo irradiação e radioatividade eram contemplados nessa revista. Pesquisei e descobri que tinha o tal conteúdo abordado na revista mencionada. Bom, a partir daí comecei a fazer a leitura e se o teor do texto satisfazia as minhas necessidades. Posso dizer que a reportagem sobre irradiação e radioatividade acrescentou muito para a minha pesquisa.
Resumindo, ao navegar pela internet temos que ter objetivos claros para não se perder nas pesquisas que realizamos nesse oceano de informações.
EDUCAÇÃO PELA PESQUISA
“[...] A informatização do conhecimento será característica ineludível dos tempos modernos, absorvendo a tarefa da transmissão do conhecimento, com nítidas vantagens, seja porque é mais atraente e manejável, seja porque atinge a massa. A escola não poderá concorrer com esta tendência, nem o professor. O simples repasse não sustentará a profissão se a ela for reduzida. Todavia, a profissão não se define mais pela transmissão, mas pela construção do conhecimento, onde encontra papel insubstituível. [...]” (DEMO, 1996, p. 27)
PEDAGOGIA DO OPRIMIDO
“[...] A narração, de que o educador é o sujeito, conduz os educandos á memorização mecânica do conteúdo narrado. Mais ainda, a narração os transforma em “vasilhas”, em recipientes a serem “enchidos” pelo educador. Quanto mais vá “enchendo” os recipientes com os seus “depósitos”, tanto melhor educador será. Quanto mais se deixem docilmente “encher” tanto melhor serão os educandos. [...]” (FREIRE, 1987, p. 58)
A partir destes fragmentos faça uma relação a respeito do significado dos textos e se ainda este contexto está inserido em nossa escola.
ENSINAR EXIGE PESQUISA
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino **. Esses que - fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade.
Pensar certo, em termos críticos, é uma exigência que os momentos do ciclo gnosiológico vão pondo à curiosidade que, tornando mais e mais metodicamente rigorosa, transita da ingenuidade para o que venho chamando “curiosidade epistemológica”. A curiosidade ingênua, do que resulta indiscutivelmente um certo saber, não importa que metodicamente desrigoroso, é a que caracteriza o senso comum. O saber de pura experiência feito. Pensar certo, do ponto de vista do professor, tanto implica respeito ao senso comum no processo de sua necessária superação quanto ao respeito e ao estímulo à capacidade criadora do educando. Implica o compromisso da educadora com a consciência crítica do educando cuja “promoção” da ingenuidade não se faz automaticamente. (FREIRE, 1996, p. 14)
** Fala-se hoje, com insistência, no professor pesquisador. Meu entender o que há de pesquisador no professor não é uma qualidade ou uma forma de ser ou de atuar que se acrescente a de ensinar. Faz parte da natureza da prática docente a indagação, a busca, a pesquisa. O de que se precisa é que, em sua formação permanente, o professor se perceba e se assuma, porque professor, como pesquisador.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.